O Projeto Museu Nacional Vive foi criado com o objetivo de restaurar completamente o museu e conta com apoio de empresas públicas e privadas, além de órgãos do governo. Utilizando a metodologia HBIM, especificamente aplicada a edifícios históricos, a iniciativa conta com soluções tecnológicas inovadoras para atuação nas obras, tornando todo o processo mais ágil e econômico.
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O incêndio que atingiu o Paço de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, abalou uma das mais importantes instituições científicas da América Latina, o Museu Nacional/UFRJ, em 2018, e resultou na necessidade de uma restauração de grande magnitude.
O desafio principal era promover o primeiro projeto de recuperação no Brasil que fosse integralmente desenvolvido em BIM.
A iniciativa exigiu enfrentar uma série de complexidades, incluindo a preservação da arquitetura original e a coordenação de múltiplas disciplinas para garantir a integridade do projeto.
A obra exigiu lidar com grandes volumes de dados e informações do projeto, demandando soluções eficientes de armazenamento, visualização e gestão para garantir a precisão e acessibilidade das informações.
O trabalho teve início com o uso de escaneamento a laser e pesquisas arqueológicas para obter informações precisas sobre a estrutura e os objetos do edifício, garantindo uma base sólida para o planejamento da restauração.
Para facilitar o armazenamento e acesso das nuvens de pontos e imagens capturadas, a equipe utilizou o Cintoo, um ambiente comum de dados (CDE) que possibilitou a todos participantes a visualização do material de forma facilitada, permitindo a associação de modelos 3D às nuvens de ponto.
Integrado ao Cintoo, foi realizado o processo de coordenação de projetos, contemplando a colaboração entre os projetistas por meio do Newforma Konekt (antigo BIM Track), solução de comunicação que permitiu a colaboração entre os projetistas.
Com a discussão ocorrendo no Newforma Konekt (BIM Track), o processo administrativo e contratual foi gerenciado no Colaborativo, que teve o papel de coordenar a gestão e a aprovação de aproximadamente sete mil arquivos simultaneamente, considerando que esse volume que deve dobrar até o final da obra.
O Construtivo, empresa de Tecnologia com DNA de Engenharia, promoveu o melhor conjunto de tecnologias integradas para atender à demanda deste projeto, trazendo uma abordagem inovadora em Building Information Modeling (BIM) ao apoiar a execução da metodologia HBIM, inédita no Brasil e especificamente aplicada a edifícios históricos.
A integração dos três sistemas complementares foi a melhor solução encontrada, de acordo com o coordenador do projeto. Com esse compartilhamento foi possível fazer questionamentos e ter respostas precisas e de maneira transparente.
Um projeto dessa magnitude poderia contar com soluções disponíveis apenas fora do Brasil, já que existem alguns CDEs (ambientes comuns de dados) voltados para grandes corporações, mas que são inviáveis para a realidade brasileira em função de seus altos custos. Uma aplicação semelhante foi feita em Chicago para um projeto orçado em 1 trilhão de dólares na Arábia Saudita.
Este projeto também demonstrou que é possível adotar o BIM integralmente, em todas as disciplinas. Não há notícias no Brasil de outro projeto que tenha ocorrido com esse parâmetro. As soluções adotadas permitiram a realização de um projeto inédito e de padrão internacional a um custo local.
