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Newsletter Edição 06/2021

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Notícias
Parceria Construtivo e Wiz

Solução conjunta para a gestão de riscos em obras já conta com primeiro projeto da Sabesp para a despoluição do Rio Pinheiros

Para reduzir o impacto de situações imprevisíveis em um empreendimento, os seguros dedicados à construção civil são importantes aliados. Porém, as corretoras vendiam os seguros para projetos de infraestrutura, mas as seguradoras não tinham acompanhamento da obra de forma detalhada e em tempo real, pois esse processo geralmente era realizado por um fiscal da obra.

Com a sanção da Lei 14.133/2021, o serviço de acompanhamento de obras e gestão de riscos passou a ser mandatório, pois o seguro garantia passou de 10%, em obras acima de R$ 200 milhões, para 30% do valor do contrato.

A parceria do Construtivo com a Wiz Soluções, maior gestora de canais de distribuição de produtos financeiros e seguros do país, atende justamente essa nova demanda. Juntas, as empresas levam ao mercado a comercialização inédita de seguros integrados ao serviço de acompanhamento de obras e gestão de riscos promovido pelo Colaborativo, solução utilizada nos maiores projetos de infraestrutura e obras do Brasil.

A nova oferta já está à prova desde novembro do ano passado, em um projeto piloto, com o propósito de aprimorar a gestão física e financeira das obras de despoluição do Rio Pinheiros, na cidade de São Paulo, e, principalmente, a viabilização e o monitoramento completos para a disponibilidade de crédito.

A oportunidade para testar a plataforma surgiu com a contratação do seguro Garantia de Performance pela Allonda Engenharia e Construção, que venceu a licitação da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) para executar as obras em um trecho do rio que compreende a bacia do Jaguaré.

Obra de restauro do Museu Nacional do Rio de Janeiro será coordenada com solução BIM Track

Sistema para gestão de ocorrências visa otimizar os fluxos de trabalho de coordenação do projeto desenvolvido em BIM para que haja agilidade de entrega e integração de equipes.

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) nomeou o Construtivo para fornecer a solução BIM Track no projeto de reconstrução do Museu Nacional do Rio de Janeiro, que foi atingido por incêndio de grandes proporções no dia 2 de setembro de 2018.
Uma vez que o restauro será feito junto a diversos parceiros, o uso de um sistema para a gestão de ocorrências é essencial num projeto dessa dimensão. A plataforma de colaboração otimizará os fluxos de trabalho de coordenação do projeto desenvolvido em BIM (Building Information Modeling).

Com um curto tempo de entrega, no qual as atividades deverão ser realizadas em até 18 meses, o projeto do patrimônio englobará estudos arquitetônicos, de legislação, fluxos de circulação, sustentabilidade, acessibilidade, segurança e conforto ambiental.

A solução BIM Track sustentará esse objetivo de agilidade de entrega e integração de equipes, fornecendo um local central com todas as informações sobre os problemas e comunicações que os membros precisam para o projeto, da concepção à entrega.

Ainda em 2021 deve ser inaugurado o campus de Pesquisa e Ensino do Museu Nacional e, em 2022, o Bloco 1. Nestas fases, o investimento será de R$ 2,6 milhões e, quando pronto, o novo projeto arquitetônico atenderá aos mais rigorosos padrões internacionais de acessibilidade e segurança.

Case
Construtivo apoia ABCP em nova plataforma de construção digital

Projeto envolve o escaneamento das estruturas para a reforma do laboratório da Associação Brasileira de Cimentos Portland, que criará um ambiente cooperativo de inovação para a cadeia do cimento ingressar na Industria 4.0.

A tradicional Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), criada em 1936 para promover estudos sobre o cimento e suas aplicações, está investindo num arrojado projeto para transformar seu laboratório num espaço de inovação voltada à Industria 4.0 para o setor da construção.

Para iniciar esta modernização, o Construtivo está realizando o escaneamento das estruturas utilizando a nuvem de pontos. O projeto foi contratado pelo hubic, primeiro espaço cooperativo de inovação e construção digital de base industrial do Brasil, que é mantido por meio de um acordo entre a Escola Politécnica (Poli) da USP, a ABCP e o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC).

O espaço receberá a Plataforma de Construção Digital (PCD), uma infraestrutura laboratorial multiuso em que as empresas do setor terão acesso ao desenvolvimento de tecnologias inovadoras para a robotização da indústria da construção, como a produção, via impressão digital 3D, de componentes cimentícios e edificações em tamanho real, assim como o uso de robôs para imprimir formas, serrar e até lixar paredes.

A decisão pelo escaneamento a laser utilizando o equipamento da Leica tem dois objetivos. Por um lado, a ABCP não tinha mais acesso às plantas originais do prédio e utilizando a nuvem de pontos é possível recriar objetos e estruturas, trazendo informações exatas e milimétricas, garantindo, dessa forma, que as decisões para o projeto sejam baseadas na realidade e não em plantas e suposições. Além disso, as informações tridimensionais projetadas pela nuvem de pontos sobre as estruturas alimentarão o modelo digital da execução, que será desenvolvido em BIM (Building Information Modeling).

Sem essa tecnologia, o levantamento teria que ser feito de forma manual, com trenas normais, eletrônicas e esquadros. Além de demorar muito mais, são métodos que estão sujeitos a erros humanos. O escaneamento 3D, ao registrar todo o ambiente, elimina a necessidade de retorno ao local para confirmar medidas, além de reduzir atrasos na reforma. Ao todo, foram necessários apenas dois dias para realizar todo o escaneamento.

Agenda

02/07
Às 11hrs

BIM além do Modelo:
CDE – Aplicação do Ambiente Comum de Dados em HIS

Veja como a gestão da informação e da fase de especificação até a operação contribui para agregar valor em processos em um caso de Habitação de Interesse Social.

Artigo
Automação versus empregabilidade: como encarar este novo desafio?

Por Marcus Granadeiro*

A ameaça aos empregos oriunda da tecnologia e, principalmente, da inteligência artificial é real e tem sido um problema discutido mundialmente há anos. Revoltas já ocorreram no passado com a automação das linhas de montagem no começo do século passado, assim como assistimos greves contra novidades, como os cobradores eletrônicos de ônibus. Neste cenário todo, há uma certeza: a tecnologia sempre vence.

Com o avanço da inteligência artificial, o que tem está causando maior apreensão é que não são apenas as posições de baixa remuneração e conhecimento que estão ameaçadas. Advogados que fazem processos repetitivos e lógicos são facilmente substituídos por robôs, além da detecção de câncer ser mais eficaz em softwares do que por meio das análises de médicos.

Há, no entanto, um lado positivo. Embora a tecnologia seja frequentemente pintada em preto e branco, mostrando um futuro sombrio de perda de empregos por meio da automação, se ela for adotada de forma estratégica, é possível automatizar trabalhos perigosos e ajudar a avaliar e mitigar os riscos, procedimentos que são especialmente caros em um ambiente onde aspectos de governança Ambiental, Social e Corporativo, ou seja, o ESG, estão ganhando relevância em diferentes setores.

Na engenharia, a melhor estratégia é a busca da cooperação entre humanos e máquinas. Arrisco dizer que neste setor entendo que não serão as máquinas que vão a substituir os engenheiros, mas os engenheiros que usam tecnologia que vão substituir os que não a usam. E, neste cenário, aqueles que souberem lidar com as inovações que estão se tornando uma tendência cada vez mais presente nas rotinas garantirão um lugar no mercado.

O uso de sistemas colaborativos, de modelos virtuais, como o BIM (do inglês modelagem de informações da construção civil), assim como as realidades virtual e aumentada são tecnologias cada vez mais presente no segmento de engenharia que demandará capacitação para o uso.

Apenas para citar sobre as aplicações BIM, já temos casos reais, como o uso de estações robóticas para a locação e o controle de qualidade, assim como máquinas de terraplenagem sendo operadas de forma autônoma, além de diversos sistemas que funcionam como RPA (Robot Process Automation).

Os profissionais deste setor precisam, de imediato, colocar na sua agenda de aprimoramento a busca pela habilitação em ferramentas que vieram para ficar e, assim como em outros setores, estão sendo impulsionadas pela nova cultura da transformação digital, principalmente após o impacto da pandemia, que sintetizou, de forma mais incisiva, uma inovação que de fato veio para ficar.

*Marcus Granadeiro é engenheiro civil formado pela Escola Politécnica da USP, presidente do Construtivo, empresa de tecnologia com DNA de engenharia e membro da ADN (Autodesk Development Network) e do RICS (Royal Institution of Chartered Surveyours).