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Colaborativo recebe integração com sistema de informação espacial geográfica
O Colaborativo, nossa plataforma para a gestão de documentos, processos e informações, não para de evoluir para atender às demandas por Transformação Digital nas construções e empreendimentos. Desta vez, ela passa se integrar ao Geo-Spatial Information System (GIS), que é fornecido pela Hexagon Geospatial.
A solução, denominada ConstruGIS, é baseada em nuvem e funciona integrada ao Google Maps, permitindo aos construtores, desenvolvedores, empreiteiros e clientes o monitoramento e a atualização de seus projetos numa referência geográfica espacial e em tempo real.
O Colaborativo integrado ao GIS torna-se um facilitador para atividades em campo, como checklists e diário de obras. Nestes casos, o GPS fornece a posição automática e atualiza no mapa os locais onde foram realizadas as vistorias.
A visibilidade de dados propiciada pela ferramenta apoia obras geograficamente amplas ou distribuídas, como linhas de metrô, linhas de transmissão de energia e empreendimentos imobiliários espalhados, fornecendo informações tangíveis sobre locais que detêm mais deficiências e distâncias, além de proporcionar melhores condições para montar a agenda de fiscalizações e para o monitoramento de equipe de campo, entre outros benefícios.
Parceria com a BIM Fórum Brasil
Agora é real e oficial! Nos associamos ao BIM Fórum Brasil (BFB) para dar continuidade à nossa jornada de disseminação do conceito e prática da Modelagem da Informação da Construção (BIM).
O BFB foi concebido para unir os esforços dos setores público e privado que visam estimular a adoção do BIM, otimizando as iniciativas e unindo as lideranças para que suas ações sejam democráticas e possuam a necessária representatividade de todos os interessados.
Para nós, Construtivo, essa parceria se soma à esteira de metodologias e ferramentas em BIM que há anos temos fomentado no Brasil com o objetivo de tornar o desenvolvimento de projetos mais seguros, transparentes, ágeis, eficientes e gerenciáveis. Acreditamos que, ao unir forças a entidades deste porte, corroboramos para que, de fato, a metodologia BIM seja cada vez mais uma realidade no País.
Case
Oliveira Cotta gerencia projeto da Estação Santo Amaro do Metrô com BIM Track
O gerenciamento do projeto executivo de requalificação da Estação Santo Amaro do Metrô de São Paulo (Linha 5-Lilás), que se conecta à Linha 9-Esmeralda da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), foi realizado pela Oliveira Cotta Arquitetura a partir da nossa ferramenta BIM Track.
O projeto de requalificação da Linha 5-Lilás surgiu devido à demanda de melhoria no trânsito e na segurança de cerca de 100 mil usuários diários da Estação. Para tanto, foram realizadas intervenções nos corredores de integração, plataformas, escadas rolantes, elevadores e áreas de apoio, evitando que haja, nos horários de pico, o acúmulo de usuários em suas dependências.
A ferramenta possibilitou ao escritório de arquitetura gerenciar e identificar possíveis interferências em modelos estruturais, arquitetônicos, hidráulicos e elétricos, entre outros realizados pelos projetistas em Revit e compartilhados no BIM Track com apenas um clique. Sem uma plataforma de comunicação em BIM, seria necessário a troca de cerca de 2.500 mensagens eletrônicas durante todo o desenvolvimento do projeto executivo.
A ferramenta também funciona como um repositório de comunicação interdisciplinar, possibilitando a criação e o acompanhamento de tratativas em tempo real. Sendo assim, 90% tempo que seria gasto em reuniões de alinhamento foi utilizado para o desenvolvimento dos projetos.
Artigo
A estratégia para a Transformação Digital do BIM
Por Marcus Granadeiro*
A migração dos processos tradicionais da engenharia para o BIM (Building Information Modeling) não se dá de forma súbita, pois este processo está mais para uma jornada do que para um projeto. Pensando de forma mais moderna, trata-se de ondas de implantações com sprints sucessivos que formam a trajetória de transformação.
Neste caso, cada movimento, cada sprint e cada onda pode durar muito e demandar esforços e recursos. Quem já tentou apenas modelar ou simplesmente compatibilizar projetos ou até mesmo focar somente no processo de orçamentação e planejamento sabe bem quão complicado e difícil é.
Dentro desse contexto, a concepção de uma estratégia de implementação de BIM é fundamental e deve estar alinhada com objetivos de negócio. Entender as ondas e suas diversas iniciativas dentro do contexto da estratégia, acompanhá-las e revisá-las passa a ser uma das responsabilidades chaves da transformação digital.
Infelizmente, um erro muito comum, é confundir uma onda de implantação, normalmente a primeira, como a jornada completa e, pior, é entender o BIM como se fosse um “check” necessário para atender um requisito de algum cliente ou do mercado.
A grande maioria das empresas e o próprio decreto do governo sobre BIM, que entrou em vigor no ano passado, optaram por iniciar a migração pela área de projetos modelando, realizando compatibilização, extraindo quantitativos e gerando documentação de forma automática. A primeira parte desta onda normalmente é a mais simples: basta selecionar um software, comprar ou alugar a licença, receber um treinamento e iniciar a modelagem com ele. As dificuldades vão aumentando com a necessidade de maiores detalhes, que requerem precisão na informação para que o orçamento saia de forma correta, compatibilização com os planejamentos e, principalmente, coordenação em diferentes modelos realizados por diversos profissionais em distintos sistemas.
Então, é possível iniciar uma jornada BIM sem que seja pela fase de projeto? Sim. Precisamos entender que BIM é processo muito mais do que modelagem. Claro que é fundamental ter um modelo para usá-lo como lugar geométrico da informação, mas a parte mais complexa é ajustar o processo para que não ocorra duplicidade ou quebra do fluxo de informação e registros. O BIM, sem digitalização dos processos correlatos, não acontece de forma plena.
Vale destacar que o decreto federal estabelece o gerenciamento de obras em BIM até 2024. São três anos até lá, porém os desafios na implantação desta fase são bem maiores. Os processos a serem alterados são mais complexos, pois haverá mais stakeholders envolvidos, mais tecnologias e mais custo. Nessa fase, a chance de se perder nas implantações, caso a estratégia geral não esteja clara para todos, é enorme. Por isso, há a necessidade de se ter clareza de objetivos para tomar decisões de vulto que envolvem grandes desembolsos e riscos. Ou, a pior decisão, é não fazer nada.
*Marcus Granadeiro é engenheiro civil formado pela Escola Politécnica da USP, presidente do Construtivo, empresa de tecnologia com DNA de engenharia e membro da ADN (Autodesk Development Network) e do RICS (Royal Institution of Chartered Surveyours).